Como é bom, muitas vezes, ter um lugar para escrever e ser ”visto”, podemos criar opiniões controvérsias, podemos gerar opiniões semelhantes, e deixar um rastro de pensamentos onde passamos, assim começamos outra matéria.
Tenho pensado muito sobre quantos sensores de umidade, Estações Meteorológicas, Sensores de temperatura acoplado a controladores de irrigação e outros…temos lançado, cada vez mais produtos que pensam diferente para chegar no mesmo resultado, quantificar ou responder a pergunta: Quando e Quanto Irrigar!
Vamos abordar algumas questões como:
Questões políticas
* Baixo investimento Público no treinamento Técnicos para extensionistas em órgãos rurais (Emater, Ceplac entre outros)
* Financiamento Específico para uma gestão Hídrica no Brasil, ou seja, não temos um plano de gestão Hídrica para Irrigação, e se temos, onde está?
* Existe Uma classe preocupada em mudar o cenário, seja ela com lucros com a iniciativa privada ou no sistema público(Universidades, Órgãos Ligado a Irrigação), porém quando os projetos chegam a Brasília, ficam parados, pois talvez as pessoas que faz essa análise não tenha consciência do que está acontecendo no Brasil da Irrigação.
Questões com Produtores Rurais
* Sem instruções, o produtor irriga, irriga, irriga, como se não houvesse amanhã, para os mais ignorantes, ”quanto mais água melhor”
* Só paro de irrigar por dois motivos: Energia cara, ou quando acaba a água!
* E o manejo? Que manejo? O que é isso?
* Use o ”botinômetro” e veja se a terra já encharcou!
Então, o que vamos fazer?
Temos duas soluções contundentes:
01. Comércio Justo (produto produzido de forma consciente e ética), premiar produtores que produzem produtos conscientes, obedecendo as diretrizes criadas para Irrigação. Lógico que teria que ter a disponibilidade da Iniciativa privada como acontece a mais de 22 anos com a Illy Café(Multinacional ) que remunera de forma justa o produtor que produz um café mais sustentável ambientalmente e humanamente.
02. As grandes redes de supermercados, CEASAS, ligadas a um selo técnico de boas práticas da irrigação, fechar um acordo, para comercializar produtos que tenha, esse selo, ”ou produtor se adequam a boas práticas, ou não comercializamos, seu produto”, parece duro essa imposição, mas vamos pensar no que aconteceu recentemente em São Paulo, para reduzir o índice de morte no transito, o Governador Haddad reduziu a velocidade nas principais vias primárias e secundárias, em menos de 30 dias, já conseguiu reduzir em mais de 27% o indicie de acidentes.
Ou seja, uma atitude Governamental, ou Privada, faria o produtor entrar em uma corrida contra o tempo, onde um projeto de irrigação já seria vendido, com Hidrômetros, Sensores de Controle de água etc…e mais, solicitaríamos Registros Técnicos para qualquer projeto concebido, responsabilizando seus autores pela condução do projeto e controle do manejo da irrigação.
Essa seria minha sugestão, o ” SELO AZUL” uma aposta que parece estar tão longe, mas com respostas e soluções tão perto. Essa novela não sabemos quando terminará, mas tem que haver um começo, a Mãe Natureza já deu seu recado, agora vamos fazer nossa parte.
Autor: Rogério Sousa