Apesar da cultura de irrigar aqui em terra tupiniquim seja bastante nova, desde desse advento temos convivido com uma situação perdulária, dentre todos os métodos de irrigação que o mercado oferece, a irrigação por inundação ainda continua sendo a maior. Hoje é claro que não é a que mais cresce, mas sem dúvida estamos demorando para reduzir(substituir) essa área que irriga a maior parte das plantações do prato principal de nossa culinária, o arroz, por outro sistema de irrigação mais eficiente.
Antes mesmo de irrigar, é preciso conhecer alguns métodos de irrigação para não nos deixar se enganar, nem com o mais bonito, nem com o mais econômico, e sim o que é mais eficiente para cada cultura.
Por exemplo não seria viável ainda irrigar Pastagens usando o método de gotejamento, então fazemos isso pela aspersão convencional, usando aspersores ou Pivot central. Mas também dependendo das condições da qualidade de água disponível também não poderia irrigar café com o gotejamento, caso esse tratamento de água fosse muito caro.
Por isso é importante pensar na irrigação como um todo, abaixo vamos falar mais sobre o que investigar ao fazer um projeto.
- Cultura
Antes mesmo de começar um projeto de irrigação, é necessário saber muito mais sobre a cultura a ser implantada, muitas vezes o projetista de irrigação não tem o conhecimento técnico e nem agronômico sobre a cultura, para avaliar condições de fertilidade, altitude e adaptabilidade com o clima e região. Por isso é primordial perguntamos sempre ao produtor e até recomendar que procure um técnico para que avalie a semente ou muda a ser implantada. Darei dois exemplos de culturas que pode mudar sistemas ou métodos de irrigação e também a cultura a ser implantada a) Laranja – A laranja é um exemplo claro que quando não sabemos mais sobre a cultura podemos causar danos nas plantas, por exemplo: ao adotar o sistema de Micro aspersão começamos a perceber que quando a agua entrava em contato com o (tronco ou caule) planta surgia doenças como a ( Gomose), por isso foi necessário proteger esses troncos durante as irrigações.
- B) Coco – Outro exemplo também de tentativas falhas de irrigação, a (quase duas décadas) a ideia do gotejamento, por ser sinônimo de economia, desembarcou na cultura como tentativa mais comercial do que economia, e sistemas começaram a ser implantados pelas industrias com promessas de economia de água, não que o sistema não funcione, mas visualmente, pela alta demanda de água que a cultura necessita, víamos que o gotejamento era insuficiente para atingir o nível hídrico da planta, assim começamos a migrar para a Micro aspersão, onde conseguimos aplicar altas taxas localizadas de água em curtos espaços de tempo, liberando assim a cultura para demais tratos culturais e atendendo a demanda hídrica.
São alguns exemplos que precisamos estar atentos e em pleno discussão, trocando ideias com nossos colegas de profissão, para que possamos implantar o melhor método de irrigação.
Rogério Sousa.