Por que realizar o manejo da irrigação?

Entraremos em um perío­do do ano em que a irri­gação será muito mais exigi­da para que se alcance as pro­du­tivi­dades dese­jadas e assim se ter um mel­hor aproveita­men­to dos inves­ti­men­tos feitos em sis­temas de irri­gação. Sim, entraremos no inver­no e logo na pri­mav­era e no Noroeste Paulista enfrenta­mos his­tori­ca­mente de 7 a 8 meses do ano de déficit hídri­co por ano e o maior déficit acon­tece em agos­to, quan­do em média se tem entre 96 e 109 mm de déficit hídri­co, de um total anu­al que varia entre 442 e 490 mm, mas não podemos descar­tar as anor­mal­i­dades climáti­cas, como a reg­istra­da em 2012, quan­do em Pereira Bar­reto o déficit acu­mu­la­do anu­al chegou a 783 mm, de acor­do com os difer­entes estu­dos pub­li­ca­dos pela UNESP Ilha Solteira.

Neste con­tex­to se encaixa o mane­jo da irri­gação. Aplicar água no momen­to e quan­ti­dade ade­qua­da às difer­entes cul­turas é o prin­ci­pal desafio den­tro da agri­cul­tura irri­ga­da atual­mente. Mas nos per­gun­tam, por que deve­mos nos pre­ocu­par com essa coisas lig­adas ao mane­jo da irri­gação, como evap­o­tran­spi­ração de refer­ên­cia e da cul­tura, coe­fi­ciente de cul­tura, capaci­dade de cam­po, entre outras?

A primeira das razões é a econômi­ca! Con­trolan­do a água apli­ca­da, definin­do o momen­to e a quan­ti­dade cor­re­ta para sat­is­faz­er as neces­si­dades das cul­turas reduz­i­mos o total de água apli­ca­da, temos menos horas de fun­ciona­men­to do con­jun­to moto moto­bom­ba e menor con­sumo de ener­gia e mel­ho­ramos a pro­du­tivi­dade e a qual­i­dade da produção.

Mas há out­ras van­ta­gens lig­adas ao meio ambi­ente e aos inves­ti­men­tos feitos em Serviços de Asses­so­ra­men­to ao Irri­g­ante. De maneira ger­al, uma cor­re­ta dis­tribuição de água no solo resul­ta em uma pais­agem mais homogênea e mais boni­ta, mel­ho­ramos a qual­i­dade da água do man­an­cial, aumen­ta­mos a efi­ciên­cia no uso da ener­gia e ain­da faze­mos uso de for­ma mais inten­si­va das infor­mações obti­das nas estações agrometeorológicas.

Na práti­ca esta­mos falan­do de econ­o­mizarmos entre 10–20% da água apli­ca­da e do aumen­to da pro­du­tivi­dade dos cul­tivos e da qual­i­dade da pro­dução, com o incre­men­to da lucra­tivi­dade do negó­cio de pro­dução de alimentos.

*Fer­nan­do Braz Tan­geri­no Her­nan­dez, Engen­heiro Agrônomo e Pro­fes­sor Tit­u­lar da Área de Hidráuli­ca e Irri­gação da UNESP Ilha Solteira e divul­ga dicas sobre agri­cul­tura irri­ga­da e agro­cli­ma­tolo­gia sem­anal­mente no [Pod Irri­gar] — o Pod Cast da Agri­cul­tura Irri­ga­da em http://podcast.unesp.br/podirrigar

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