Ficha Técnica
Umas das fase também importantes para se fazer um bom projeto é a coleta de informações gerais sobre o projeto, a chamada Ficha Técnica, você sabe mas não custa lembrar, que é preciso ouvir o que o produtor tem a falar e fazer todas as anotações possíveis, cruzar dados técnicos com o que é desejável e finalmente apresentar um projeto que se adeque as duas partes, lógico que nem sempre vai agradar o produtor, pois precisamos ter um pensamento firme, em dizer o que realmente é bom para ele, mas não podemos deixar de ouvi-lo, pois quando falamos de parte operacional, precisamos entender como é a rotina na fazenda, capacidade de mão de obra entre outros.
Coletando dados:
Abaixo mostraremos coleta de dados simples mas não menos importante na hora de preencher uma ficha técnica.
- Nome
É importante coletar o nome completo do produtor, para dois efeitos, mostra seriedade quando ele verifica que todo seu nome está na ficha técnica e também na planta planialtimétrica, isso traz sentimento de importância ao mesmo, e também no mercado financeiro, ela é bastante usada para enviar ao banco quando solicitamos empréstimos bancários ao produtor.
- Área
É sempre bom colocar a área líquida, ou seja a área real que estamos irrigando, converta sempre a área em m² para ha (hectares), seja o mais detalhista possível em relação as casas depois da vírgula, porque em projeto menor pode não fazer falta, mas em um grande sim. Pergunte sempre ao produtor se há uma intenção real em aumentar a área de plantio, pois se houver podemos tentar dependendo dos custos de implantação inicial prover necessidades futuras para esse projeto.
- Lâmina de Água
A Lamina a ser aplicada pode ser coletada, através de dados meteorológicos médios de alguma empresa do setor. Normalmente de uma estão mais próximas, e aspectos de relevo também parecida, pois nesse caso se seu projeto está a uma determinada altitude muito diferente de onde está a estação pode sim ocorrer erros de cálculo de lâmina. A melhor indicação sempre é cruzar dados de estações meteorológicas x dados de análises de solo(CC- Capacidade de Campo e PM – Ponto de Murcha), porém essa prática tem sido raramente utilizada no mercado, já que há uma grande preocupação do lojista em apenas vender o projeto e do produtor em executar o projeto. Isso tem trazido malefícios para agricultura geral, pois não conseguimos mais traduzir ou responder quando e quando tenho que irrigar, então o produtor pode ter a safra comprometida pelo o excesso ou a falta de uma lâmina de água correta, diminuindo a rentabilidade do mesmo. Achando que basta adquirir um bom equipamento que todos os problemas relacionados a irrigação será resolvida!
Logo, se não houver interesse em fazer esse tipo de análise optem por dados de estações mais próximas, seria o mínimo que poderíamos fazer, para um projeto mais consciente. Temos dois tipos de Lâminas a Bruta ( que volume total de cada parcela ) e Lâmina Líquida ( que diz respeito do que realmente chega a planta), pois cada equipamento tem uma eficiência diferente.(pesquisa sobre o que é lâminas)
Aguardem a segunda parte relacionado a esse tema.…
Rogério Sousa